living...

Há dias em que não consigo encontrar nada para dizer. Nesses dias, não escrevo nada e sinto-me como se fosse incapaz de pôr por palavras tudo o que está à minha volta e dentro de mim. E, ainda assim, há tanta coisa dentro da minha cabeça. Às vezes, parece que explode ao ver tanta maldade e injustiça no mundo. Nada é justo, isso é certo. E, se para alguns a vida sorri, para outros, há como que um muro que os impede de alcançar a felicidade ou parte dela.
Eu sempre pensei que fosse possível alterar o destino, que o destino não era algo de imutável. Quer dizer, não acreditava que a nossa vida estivesse predestinada e que não houvesse nada que pudéssemos fazer ou dizer para alterar o rumo traçado para cada um de nós. Alguns falam da existência de uma estrelinha da sorte para aqueles a quem a vida tem sorrido e eu sempre considerei tal pensamento infundado. No fundo, eu acreditava que todos podíamos realizar os nossos sonhos, que nada seria impossível e que a questão da sorte não existia e, portanto, cada um teria que lutar por ela.
Agora, já não sei se consigo pensar mais assim. Com tudo o que vejo à minha volta, é cada vez mais fácil acreditar na teoria da sorte. Na verdade, algumas pessoas parecem mesmo ser guiadas pela sorte, e nem sequer se esforçam muito para isso. No entanto, há outras pessoas que por mais que se esforcem não conseguem atingir todos os objetivos ou, pelo menos, alguns. 
Revolto-me com a vida que certas pessoas levam, na medida em que há vidas extremamente desiguais e, enquanto uns têm tanto, outros contentam-se com tão pouco. E ainda dizem "a vida é assim...".
Mas, se por um lado, às vezes, me levam a acreditar na predestinação da vida, por outro, acredito que cada um de nós é responsável por mudar as pequenas coisas que o rodeiam, por lutar pelo que deseja, ainda que seja pouco, por viver a vida o mais intensamente possível.
Sunshine

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